domingo, setembro 30, 2007

Foto de Carlos C.


"And now the final frame... love is a loosing game."









quarta-feira, setembro 26, 2007

Ai...

Começaram as novas temporadas das minhas séries preferidas.

How I met your mother
Californication
Heroes
Dexter
Grey's Anatomy
Smallville (é, é, eu gosto)
Pushing daisies (ok, essa ainda não estreou, mas já já começar e eu quero acompanhar, porque amei o piloto)

Fora as novas que eu vou querer acompanhar. E fora as velhas que eu não vi e vou querer baixar, hohoho.

E ainda tenho que ter tempo pra estudar e trabalhar. Ah sim, e ter uma vida.

Dá pro dia começar a ter, tipo, umas 30 horas????

sábado, setembro 22, 2007

Momento adolescente mode on

Ah sim, sobre o show. Eu fui. Porque eu posso ser medrosa, mas eu não quero perder a chance de encontrar o amor da minha vida deixar a vida acontecer sem mim, porque tive medo de ir num show na lapa. Afinal, o amor pode estar do meu lado. Poderia. Mas não estava. Do meu lado estava um bêbado. E atrás de mim, um velho tarado. E às vezes à minha frente aparecia um alemão de olho vidrado e de costas para o palco, hahaha. Mas sim, como vocês já devem ter percebido, o show era do Jota Quest. Na Fundição Progresso. Lapa, berço da vida boêmia no Rio de Janeiro. Definitivamente, não é a minha praia. Mas o show foi bom. Tirando a parte da maconha rolando solta e dos tarados de plantão, o show foi ótimo. Ah, teve um leve atraso também. Tipo, 2 horas de atraso. Coisa pouca. Entre o término da apresentação da banda de abertura (Autoramas. Adoro) e a entrada do Jota, levou uma meia hora, ou mais. A galera começou a vaiar. E eu já estava começando a concordar até com ele, pra vocês verem. Eu, fã do Jota Quest de carteirinha. Mas quando eles começaram finalmente o show, eu esqueci tudo mesmo. E quando eles cantaram até as 3 da manhã, e eu já estava até torcendo pra eles terminarem, porque não tinha mais pernas, aí é que eu nem lembrava mais do porquê eu ter xingado tanto eles antes. E a volta pra casa? Ah, a volta foi tranquilíssima. E eu suspirei aliviadíssima quando cheguei em casa. "Medo, eu não te escuto mais. Você não me leva a nada..."
Ah, e o Jota cantou uma música antiga, e, na minha opinião, a mais linda deles. "O que eu também não entendo". Meu Deus. Lembrei dos meus tempos de adolescente em que eu não parava de ouvir essa música. Ainda usava diskman, que hoje é a coisa mais ultrapassada do mundo. E eu ouvia achando que o Rogério cantava essa música no meu ouvido, hohoho. Adolescente bem idiota que eu fui. Ok, nem tão adolescente assim. Mas idiota, sempre. Enfim, só sei é que eles cantaram essa música, e, bem, nem preciso dizer nada, né? Quase chorei de emoção. O Rogério ali, cantando pra mim. hohoho. E minha vida passando na minha cabeça como um filme. O tempo voa mesmo. Mas algumas coisas nunca mudam.
"Amar não é ter que ter sempre certeza,
é aceitar que ninguém é perfeito pra ninguém.
É poder ser você mesmo, e não precisar fingir.
É tentar esquecer, e não conseguir fugir.
E agora, o que vamos fazer?
Eu também não sei.
Afinal, será que amar é mesmo tudo?
Se isso não é amor, o que mais pode ser?
Estou aprendendo também..."
Eu posso não saber escolher meus namorados (na época em que eu ainda ao menos achava alguém para o posto. Hoje nem isso. Virei a mulher invisível.), mas se tem uma coisa pela qual eu posso agradecer aos céus, é pelos meus amigos. Na boa, eu tenho os melhores amigos do mundo. Só pra constar.

Confissões de um sábado à tarde

Eu adoro o Márcio Garcia como apresentador. Pronto, falei.

sexta-feira, setembro 21, 2007

Acho que estou realmente ficando velha. Não, não é isso. Estou ficando mesmo é cada vez mais medrosa. Em uma sexta feira à noite, o que todo mundo quer? Sair pra se divertir, certo? Pois é. Ganhei um ingresso pra ir num show hoje. E não estou com a mínima vontade de ir. Motivos: o bendito vai começar à meia-noite, é na Lapa e, bem, a volta. A volta pra casa é a única coisa em que eu penso, na verdade. "Ah, volta de táxi", sim eu vou voltar mesmo (se eu for). Mas até voltando de táxi eu volto com medinho. Porque vai passar pela Av. Brasil e yaddayadda. E sabe como é. Rio de Janeiro. O problema não é o horário do show, não é o show. O problema é a minha cidade. Em qualquer outra cidade (tirando as grandes e perigosas metrópoles, óbvio) eu poderia ficar a noite inteira em um show. E ainda queria mais. Mas aqui... que desânimo. E que triste isso. A que ponto eu cheguei. Tem gente que nem liga, né? Eu sei, esses é que estão certos. Mas sinceramente, eu to preferindo mil vezes ficar na santa paz do meu lar a voltar da Lapa lá pelas duas da manhã. Enfim. Que post chato, hein? To ficando é velha mesmo.

quarta-feira, setembro 19, 2007

Essa sim uma notícia importante! :-)


Do Uol



Se você vier, pro que der e vier, comigo
Eu te prometo o sol... se hoje o sol sair
ou a chuva... se a chuva cair.

Se você vier até onde a gente chegar
Numa praça na beira do mar,
Um pedaço de qualquer lugar.

Neste dia branco, se branco ele for
Esse tanto, esse canto de amor
Se você quiser e vier pro que der e vier comigo.

Se branco ele for
Esse canto, esse tanto, esse tão grande amor, grande amor
Se você quiser e vier pro que der e vier comigo...

(Dia branco - Geraldo Azevedo)

Eu tive uma professora que era amiga do Geraldo Azevedo e uma vez ela contou que ele escreveu essa música para a esposa dele, e que eles formavam um dos casais mais bacanas que ela já conheceu, até hoje. E também que essa música é uma música tradicional nos casamentos lá pelo Norte/Nordeste. Eu já achava essa música linda, mas depois que soube da história (músicas feitas para a pessoa que se ama sempre me emocionam demais), eu não consigo ouvir essa música sem chorar e sem imaginá-la tocando no dia do meu casamento, hohoho.

terça-feira, setembro 18, 2007

Podem me chamar de chata, rabujenta, velha, wathever. Mas eu acho muita falta de vida alguém perder horas falando da vida dos outros*. E o pior é que eu estou cercada de gente assim. Socorro.

*outros = pessoas normais, de carne e osso, vida comum, como eu e você. Celebridades não fazem parte desse grupo. Celebridades não são pessoas normais. Algumas nem têm carne, como vocês sabem.
Ameeega, ermâ, caminhoneira.

Você, pobre, moradora da zona norte dos excluídos da cidade do RJ (*1 minuto de silencio pra quem mora mal*), que algum dia pensou em conseguir chegar à Bienal do livro, via Metrô-Integração, em no máximo 2 horas, em plena sexta-feira em que o mundo dirigia-se ao Rio-fim-de-mundo-centro. Minha filha, se interna. Ou contente-se com a feira de livros do Largo da Carioca, ao menos lá você chega em 1 hora. Ou se mata, se joga de um penhasco bem bonito para ao menos apreciar a vista antes de se estribuchar no chao. Porque Bienal é a maior loucura que você vai fazer na vida (ok, mentira. Há muitas outras loucuras que você vai fazer, mas acho que essa é a loucura mais burra.). Porque simplesmente não dá. Ou melhor, não deu. Levei 3 horas pra conseguir chegar no odioso Riocentro (Rio centro????? CENTRO???? Centro de onde, cara pálida? Centro do fim do mundo???!?!?!?). Quer dizer, 3 horas pra chegar no terminal Alvorada, de onde provavelmente eu levaria mais uma meia hora até chegar no Riocentro, se eu resolvesse continuar. Mas aí eu teria que ser internada com camisa de força, né? Não dava. Fui num pé e voltei no outro. Praticamente nem desci do ônibus. O trocador ficou até com pena de mim, nem me deixou pagar a passagem pra voltar no mesmo ônibus. Porque a minha cara devia ser de uma criatura maluca e desolada, né? Então é isso. Mas não há de ser nada. Amanhã tem Paralamas na feira. E eu to querendo ir. Encarar trajeto pela Cidade de Deus. Ui. Meda. Mas tudo bem. Melhor (será?) do que ficar 3 horas parada em engarrafamento e olhando pra cara do trocador.

sexta-feira, setembro 14, 2007

Tosse, tosse, tosse, muita tosse. Achei que fosse morrer essa noite, de tanto tossir. Ok, mentira. Não achei que fosse morrer. Mas achei que não fosse dormir. Porque a tosse não deixava. Sabe quando você começa a pegar no sono e tem tipo um flash de pesadelo (Ah, não sabe? Isso é coisa só minha? Oh, Lord, que mente perturbada eu tenho, vai ver.)? Então. Só que ao invés do pesadelo, vinha a tosse. Que não deixa de ser um pesadelo. Um pesadelo real. Tomei o bendito do Mega mel, que agora sei que não serve pra nada além de me fazer levantar de novo pra escovar os dentes. Tomei leite quente, fiz gargarejo com água morna e nada da bendita parar. Vocês não têm idéia. Meu peito hoje está dolorido, de tanto que eu tossi. Acabou o Jô e nada dela me deixar. Até que uma hora virei de barriga pra cima (que é a posição preferida dos pesadelos, mas até eles ficaram com pena de mim), e consegui dormir. Lá pelas 3 da manhã. Pra acordar às 6. A-ham. E agora estou indo cheia de olheiras, mas feliz da vida pra Bienal. Sozinha. Nunca fui. Nem sozinha e nem acompanhada. Que coisa. Não queria ir sozinha, mas também eu sou chata, não gosto de qualquer compania. Então, já que a compania ideal está inacessível, eu prefiro ir sozinha. Depois comento aqui. E posto as fotos. . No meu Flickr. Sim, eu criei. Agora só falta saber usar de lá pra cá e daqui pra lá. Mas nada que eu não consiga fazer, of course.

quinta-feira, setembro 13, 2007

Eu tirei tantas fotos nessa viagem que acho que vou criar uma conta no Flickr...

(ó, uau, que super informação, hein, b.?!)

(ok, isso se chama "Não tem o que fazer? Vai postar!")
Que tipo de pessoa fica do lado do telefone, e quando o bendito toca, ela pergunta BERRANDO: "é pra mim ou é fax?"?????????!?!?!????????? Cacete! Não é muito mais fácil pegar a porcaria do telefone, dizer "alô" e descobrir? O pior é que, enquanto eu não respondi (eu, que estava em outra sala. Aliás, era eu quem estava ligando, ligação interna, justamente pra poupar a minha voz. Voz essa que, depois de um feriado de sol, sal, surf, muito vento e muita água gelada, praticamente não existe.), a pessoa não atendeu! Depois ninguém entende, ninguém sabe aonde foi parar a paciência que eu tinha há uns anos atrás. Eu só não digo aqui pra onde ela foi porque ainda tenho um restinho de auto-controle.

***

Eu já tomei notuss (isso é nome de remédio, acredite se quiser), Mega mel extra forte, já fiz gargarejo com água morna e a porcaria da tosse não vai embora. Aliás, ela a-do-ra aparecer nas horas mais constrangedoras, tipo dentro do ônibus lotado, que é pra todo mundo ficar olhando pra você com cara de "que criatura inconveniente que não pára de tossir! Não tá vendo que estamos em um ambiente fechado?", ou no salão de beleza, que é pra manicure, aliás, todas as manicures e clientes e cabeleireiros, enfim, todo o salão ficar olhando pra você com cara de "meu deus, essa mulher vai ter um treco aqui, alguém dá uma água pra ela, pelamor!", ou, claro, a hora super duper preferida, que é a hora exata em que eu estou pegando no sono. Uma, duas, três vezes. Até altas madrugadas. Aí ela pára e eu consigo dormir tipo umas 3 horas por noite. Tosse é uma criatura meio vingativa, eu acho.

***

Na estrada, com a família:

- Olha, B., que casinhas bonitinhas!
- É, são mesmo.
- Ah, queria morar aí...
"Cemitério Parque Jardim das Acácias"
- Ahnn... acho melhor não, mãe.

***

Vem cá, por que o pessoal cisma em fazer tudo de uma vez? A gente fica um tempo enorme no hiato, aí resolvem fazer a Bienal e o Festival do Rio ao mesmo tempo. Porque? Porque?? Porque??? Eles não sabem que eu fico deprimida só em parar pra fazer as contas??? Bom, dura ou endinheirada, eu só sei é que amanhã estarei lá.

***

Aliás, a programação completa da Bienal está aqui.

***

Eu odeio snapshots.

Here comes the sun, little darling...

São Pedro da Aldeia - RJ - Brasil
Foto by Bia B.

quarta-feira, setembro 12, 2007

Qual super-herói da Marvel você é?



(de hoje em diante, podem me chamar de Natasha Romanoff!)

segunda-feira, setembro 10, 2007

Final de semana prolongado. Viajei na quinta à noite. 3 dias sem acessar a internet, 3 dias sem sequer ver um computador na minha frente. Abro agora minha caixa postal. Trocentos mil emails. 2 eram avisos de comentários no meu blog. Um era uma matéria, aquele tipo de email que a gente passa para todos os amigos e tal. E tinha mais um que era um reenvio de um email pessoal de um amigo. 110 spams. E outros emails de listas de discussão. Nenhum email pra mim. Nenhum exclusivamente pra mim, tipo "oi, como vc está?". Sabe? Nenhum assim. É, eu ligo pra essas coisas. Eu me importo. E me incomodo. E começo a pensar e pensar e repensar. E tenho que pensar muito pra não tomar nenhuma atitude impulsiva, que é tão a minha cara. Mas a gente sempre sente, né? Que "daqui pra frente tudo vai ser diferente" e tal. Não posso dizer ainda se isso é bom ou ruim. Mas é aquilo, ciclos. Etapas. E vida que segue.

terça-feira, setembro 04, 2007

Quantas calorias tem uma uva-passa?

...

E umas cem uvas-passa?
Acabei de ler um texto lindo na Folha de S. Paulo. Tem muito a ver comigo, com o que eu penso. Como é só para assinantes, eu não resisti e vou colocá-lo aqui. O link, pra quem quiser e for assinante, é esse.

RUBEM ALVES

Nunca te vi, sempre te amei...

--------------------------------------------------------------------------------
Amigos não se fazem. São descobertos. Como ocorreu com minha amizade com o monsenhor Luna, do Equador
--------------------------------------------------------------------------------


DENTRO DA CRATERA de um vulcão extinto há 500 milhões de anos, no alto de uma montanha de Minas de onde se vê muito longe, eu planto árvores para meus amigos mortos e para meus amigos que vão morrer.
Para o meu amigo Ladon Sheats plantei uma árvore que se chama "liquidambar". A pequena muda cresceu muito e hoje é uma árvore com mais de seis metros de altura.
O estranho nessa amizade é que nós nunca nos vimos. Ouvi sua voz uma vez apenas, ao telefone. Eu estava nos EUA e o chamei de um telefone público. Conversamos. Eu, livre para voar e para ir para aonde eu quisesse. Ele, pássaro engaiolado cumprindo pena numa prisão.

*

Amigos não se fazem. Amigos são descobertos. Como aconteceu com minha amizade com o monsenhor Luna, do Equador. Ao vê-lo pela primeira vez, tive a impressão de estar diante do Pequeno Príncipe. Tinha uma cara de criança e cabelos encaracolados. Mas bastou que estivéssemos juntos por poucos minutos para que percebêssemos que já nos conhecíamos há muitos anos sem nunca termos nos encontrado.

*

Depois, a amizade com o Guido Ivan de Carvalho, contratado como procurador pela direção da Unicamp como arma contra a oposição. Eu era da oposição. A despeito disso a amizade aconteceu. Era mais moço do que eu. Mas o câncer não leva em conta a idade. A presença da morte mudou o tom das conversas. Quis saber como fora a sua juventude.
"Guido, onde foi que você passou sua adolescência?"
"No Rio", ele respondeu.
Eu também passara minha adolescência no Rio...
Continuei: "Em que bairro?"
"Botafogo."
Eu também morara em Botafogo.
"Em que rua?"
"Rua da Passagem", ele disse.
Eu também morara naquela rua.
E então, a última pergunta:
"Qual era o número da sua casa?"
"34."
Eu morara no 35...
Essa coincidência é praticamente impossível de acontecer a menos que os deuses amarrem os amigos com fios do lado do avesso da vida. Plantei para o Guido um ipê branco. Já floresceu várias vezes.

*

Agosto de 1976. Chega-me dos EUA um bilhete numa folha de bloco cortada ao meio: "Caro Rubem Alves: seus pensamentos no livro "Tomorrow's Child" têm tido uma profunda influência sobre a minha vida. A sua capacidade de sintetizar... A clareza com que você se exprime são dons muito bonitos. Por isso sou-lhe muito agradecido. Afetuosamente, Ladon Sheats". O signatário não dizia quem era. Fiquei com o bilhete na mão, sem saber o que pensar. Dias depois recebi carta de um amigo com as explicações.
"Esse bilhete foi escrito de uma prisão em Alexandria. Ladon Sheats está cumprindo uma sentença por haver participado de uma demonstração contra as armas nucleares acontecida no Pentágono."
Pondo em ordem minhas velharias, aquele bilhete voltou-me às mãos. Gesto de amizade de um homem encarcerado. Encarcerado porque fora fiel à sua consciência. Minhas mãos tocaram aquele bilhete como se fosse uma coisa sagrada. O prisioneiro me escrevia só para dizer "obrigado" por um livro que eu escrevera. Mas ao escrevê-lo jamais poderia imaginar que ele, o livro, iria para a prisão. Ele, o prisioneiro, havia levado a sério o que eu escrevera, mais do que eu mesmo. Mas quem era esse homem? Depois eu conto...

Pra não esquecer

Dia 19, ela.
Dia 20, ela.
Dia 21, ela.

segunda-feira, setembro 03, 2007

Você percebe que tem mesmo alguma coisa muito errada quando vai dormir às 20h em pleno domingo, e acorda no dia seguinte às 6 da manhã querendo continuar dormindo o dia inteiro.

sábado, setembro 01, 2007

Você já se sentiu terrivelmente só? Não? Feliz é você.
Não sei o que acontece. Ando melancólica. Quero tudo o que eu tinha, e não vejo chance de conseguir. Quero minhas risadas de volta, minhas reuniões de amigos, quero a aliança, quero o elo. Tudo está tão diferente... tudo, tudo. E me vejo voltando à estaca zero. Ao passado. Onde eu era o que não queria ser. Ou onde eu simplesmente não era. E ainda fico ouvindo "Wish you were here". oh, I wish so many things. Mas o que eu queria mesmo era que certas coisas nunca se perdessem. E eu sempre acabo voltando ao mesmíssimo ponto. Essa minha dificuldade em lidar com coisas boas que se vão. Com coisas mágicas que passam. Com momentos felizes que nunca mais se repetem. Com coisas que mudam. E aí fica aquele hiato. Aquele tempo vazio. Preso. Entre o ontem e o hoje. Entre o não aceitar as mudanças e o ter que aceitá-las pra continuar. Ter que aprender a olhar as mudanças e passar por cima do passado é difícil pra mim. Olhar ao meu redor e ver tudo mudando, tudo diferente, ou melhor, todos indiferentes. Aceitar um futuro tão temido, e por um tempo, tão certo de não acontecer. E agora, a possibilidade. De me tornar alguém que anda. Passa. Por cima. E nada fica. Palavras às vezes não passam mesmo de uma sopa de letrinhas. A gente cozinha, come e bota fora. Nada fica. Só o silêncio. Talvez o que nunca foi dito seja o que realmente dure.

"And did they get you to trade
Your heroes for ghosts?
Hot ashes for trees?
Hot air for a cool breeze?
Cold confort for change?
And did you exchange
A walk on part in the war
For a lead role in a cage?"