É uma saudade estranha, q vem delicada, mansa, como quem não quer nada, mas que tá sempre ali, ininterrupta, silenciosa, calma, tranquila, mas sempre ali, nunca te deixando esquecer que ela tá ali, ao mesmo tempo em que não te faz se rasgar de dor pela sua presença. Ela é compreensiva, mas incomoda, comprime, tenta sair, se espreita pelos cantos, se expande, mas sempre discreta, sempre serena, mas enorme, enorme, talvez ela já não tenha espaço pra expandir, ela já se adaptou à forma do seu corpo de maneira tal q ela fica cômoda, se sente em casa, se instalou e convive pacificamente com vc, nunca te deixando esqcer q ali ela vai fazer uma morada não digo eterna, mas de longa, longa, longa duração.

É uma necessidade da presença, da simples presença, de ouvir a voz, de poder abraçar, de poder andar de braços dados, de poder ser vc mesma, de nao falar nada, de estar ao lado, do silencio que não perturba e sim acalma, de ser guiada pelo grande labirinto que é São Paulo, de conversas no metrô, de ouvir musica junto, de segredos trocados, de compreensão, de coisas que só vc pode entender e só vc pode saber e só vc pode opinar, do olhar de preocupação, do carinho, da presença, só da presença, mais nada, não precisa, basta estar, estar, o seu estar é um estar que abastece, que alimenta, que fortalece, que basta. Por si só.

*sigh*

Miss you.