* De manhã, enquanto ia pra casa da minha mãe, eu pensava em como será o dia das mães pra essas famílias. Não, eu não consegui pensar por muito tempo, porque simplesmente não dá pra imaginar. Cheguei a me sentir um tanto egoísta, por comemorar o dia de hoje. Então parei de pensar. Pra ficar um tantinho mais fácil.
* Eu tenho medo. Tenho medo de andar na rua à noite, tanto faz se sozinha ou acompanhada, de carro, ônibus ou táxi. Porque dá tudo no mesmo. O perigo é o mesmo, tá ali, te cercando, à espreita, ameaçadoramente constante. É horrivel. Hoje quando voltei da casa da minha mãe, achei melhor pegar dois ônibus justamente pra não ter que andar um pedaço razoavelmente longo e meio deserto em alguns trechos (e também pela preguiça que eu tava de andar uns 15 minutos pra chegar em casa). E quando desci do primeiro ônibus pra pegar o outro, a rua estava tão deserta e mal iluminada que eu fiquei cismada, assustada, e achei melhor voltar, andar mais uns 5 minutos a pé, até chegar em outro ponto mais movimentado. É uma tensão permanente. Quando entro no ônibus, olho pra cada "cara" sentada em cada banco. Analiso, faço um raio-x completo. E se tem alguém que desperte o meu "alarme", eu desço. Paranóia total. Como se adiantasse alguma coisa, como se as intenções do ser humano estivessem escritas na cara. Não estão. Nem na cara, nem nas roupas, nem na cor. Mas a gente faz o que pode, o que acha razoável, prevenção. Tudo isso por medo. É estranho, você não tem pra onde correr. Ou tem, pro outro ponto de ônibus mais movimentado.
* E Murphy sempre presente. Quando você salva o texto pra se prevenir, nada acontece no micro. Quando você demora um pouquinho mais pra salvar, ele congela. Então eu escrevi o texto todinho numa folha de papel, porque eu não ia perder esse pedação que já tinha escrito e que se encontrava congeladíssimo na minha frente, já que se eu não escrevesse, não ia lembrar do que tinha escrito depois de iniciar o micro. Então quando reiniciei e abri o word de novo, pronta pra digitar tudo de novo, tava lá o texto completamente recuperado. E Murphy rindo da minha cara, de doer a barriga : "hahaha, que otária!"
* Eu a-do-ro o quadro "Dançando com os artistas", do programa do Faustão. Fico empolgadíssima, vou te dizer. Dá até vontade de voltar pra aula de dança de salão. Mas hoje o que me deixou mais impressionada foi a semelhança da modelo Caroline Correa - de quem eu nunca tinha ouvido nem falar – com a Angelina Jolie. Babei. ("ao vivo" ela é mais parecida com a Angelina do que por foto)
* Peguei na biblioteca o primeiro livro que lembro de ter lido na vida. Quase chorei quando vi na prateleira. É uma sensação muito, muito boa. E ainda hoje, relendo o livro, vejo o quão legal e sempre atual ele é. E mágico. A bolsa amarela. Inclusive o nome de uma das personagens é Lorelai. E eu nem lembrava disso. O inconsciente sempre pregando peças, hohoho.
* Até quando? Nunca quis tanto morar naquela casinha isolada no meio das montanhas, de frente prum lago, isolada do mundo.
* Ai, não aguento ver Fantástico. Não aguento ver a matéria sobre o ocorrido em São Paulo. Ver a dor, desespero e revolta das famílias, dos amigos. Não aguento. Choro, choro, choro.
* Paz, gente, paz...
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