Não sou mais aquela de ontem.
Pedaços foram ficando pelo caminho.
Pedras furaram meus pés e espinhos furaram minhas mãos.
Talvez eu ainda seja um pouco daquela que quero ser amanhã,
Mas não sei mais o que me tornei.
Não sei se haverá reimplantes.
Cicatrização sempre haverá.
E a cicatriz é pra sempre, não some, e dói em dias de lua cheia.
Não se assuste quando eu sangrar,
Às vezes acontece.
Mas a ferida não vai abrir de novo.